Resumo
Introdução: As infecções por S. aureus já se tornaram comuns, mas com mudança no número de infecções associadas aos cuidados à saúde. Com o pouco tempo de uso da penicilina, o S. aureus adaptou-se, desenvolvendo a resistência a penicilina e em sequência a resistência à meticilina denominados MRSA. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a epidemiologia dos isolados de Staphylococcus aureus resistentes a meticilina, em um hospital de médio porte no interior do estado de Minas Gerais, durante 36 meses. Material e métodos: Foram recuperadas 158 amostras, todas resistentes à meticilina (MRSA), dentro e fora das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), submetidas ao teste de resistência induzível iMLSB, avaliação da produção de penicilinase, além do teste de resistência a outros antimicrobianos. Resultados e discussão: Os principais isolados foram amostras encontradas em pacientes com idade superior a 66 anos, homens e internados em UTIs, produzindo penicilinases (76,6%) e 10,8% expressando resistência induzível aos MLSB. Considerações finais: O levantamento epidemiológico pode desempenhar um papel fundamental no processo de tratamento adequados dos pacientes com infecções bacterianas por microrganismos multirresistentes, nas ações de contenção da disseminação e o perfil dos principais pacientes acometidos.
Palavras-chave: Staphylococcus aureus, multirresistência, resistência induzível, penicilinase.
Autores: Camila de Paula Siqueira, Tamiris Reginaldo Gomes, João Paulo Pimenta, Lizandra Ferreira de Almeida e Borges
Citação: Siqueira, C.P., Gomes, T.R., Pimenta, J.P., & Almeida e Borges, L.F. 2022. Relato epidemiológico da resistência de Staphylococcus aureus resistente a meticilina em unidades de atendimento intensivo. Pubsaúde, 10, a348. DOI: https://dx.doi.org/10.31533/pubsaude10.a348
Editor: Pubsaúde.
Recebido: 26 abr. 2022;
Revisado e aceito: 4 jul. 2022;
Publicado: 4 jul. 2022
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Conflito de interesses: Os autores declaram não haver conflito de interesse.
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Abstract
Introduction: S. aureus infections have become common, but with a change in the number of healthcare-associated infections. With the short time of penicillin use, S. aureus adapted, developing resistance to penicillin and, in sequence, resistance to methicillin called MRSA. Objective: This study aims to evaluate the epidemiology of methicillin-resistant Staphylococcus aureus isolates in a medium-sized hospital in the interior of the state of Minas Gerais, for 36 months. Material and methods: 158 samples were recovered, all resistant to methicillin (MRSA), inside and outside the Intensive Care Units (ICU), submitted to the inducible resistance test iMLSB, evaluation of penicillinase production, besides of the resistance test to other antimicrobials. Results and discussion: The main isolates were samples found in patients older than 66 years, men, in the ICUs, producing penicillinases (76.6%) and 10.8% expressing inducible resistance to MLSB. Final considerations: The epidemiological survey can play a fundamental role in the process of adequate treatment of patients with bacterial infections by multidrug-resistant microorganisms, in the actions to contain the spread and the profile of the main affected patients.
Keywords: Staphylococcus aureus, multidrug resistence, penicillinase.
