Resumo
Introdução: Pesquisas têm evidenciado que a presença de debates críticos sobre Políticas Públicas de Saúde Mental é escassa durante o processo de formação em Psicologia, pois a tendência é o estabelecimento de uma atuação tradicional que reduz o sujeito diante de práticas naturalizadas e individualizantes. O objetivo deste artigo pautou-se na investigação da ausência de debates críticos sobre essa temática, no que tange a formação e atuação das psicólogas neste campo. Material e métodos: A pesquisa foi de natureza exploratória com análise dos dados de forma qualitativa. Participaram da pesquisa duas profissionais com formação em Psicologia, que atuam ou já atuaram nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da região do ABCDMRR. Resultados e discussão: As participantes apontaram fragilidades quanto aos conteúdos e discussões sobre Políticas Públicas de Saúde Mental durante a formação em Psicologia e relataram dificuldades quanto aos modelos de atuação estabelecidos nos serviços substitutivos (CAPS). Considerações finais: Constatou-se que muito ainda precisa ser avançado tanto em pesquisas e nos conhecimentos produzidos e obtidos nas universidades formadoras, quanto nos modelos de atuação das psicólogas que lidam com o cotidiano de trabalho nos CAPS.
Palavras-chave: atuação profissional em psicologia, centro de atenção psicossocial (CAPS), formação em psicologia, políticas públicas, saúde mental.
Autores: Camila Marques Genangelo, Mônica da Silva Buono, Rodrigo Toledo
Citação: Genangelo, C.M., Buono, M.S. & Toledo, R. 2022. A formação em psicologia e a atuação no campo das políticas públicas de saúde mental na região do ABCDMRR. Pubsaúde, 11, a198. DOI: https://dx.doi.org/10.31533/pubsaude11.a198
Editor: Pubsaúde.
Recebido: 10 jul. 2022;
Revisado e aceito: 9 out. 2022;
Publicado: 9 out. 2022
Licenciamento: Este artigo é publicado na modalidade Acesso Aberto sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 (CC-BY 4.0), a qual permite uso irrestrito, distribuição, reprodução em qualquer meio, desde que o autor e a fonte sejam devidamente creditados.
Disponibilidade de dados: Todos os dados relevantes estão presentes no artigo.
Conflito de interesses: Os autores declaram não haver conflito de interesse.
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Abstract
Introduction: Research has shown that the presence of critical debates on Public Mental Health Policies is scarce during the Psychology training process, as the trend is the establishment of a traditional approach that reduces the subject in the face of naturalized and individualizing practices. The aim of this article was to investigate the absence of critical debates on this topic, with regard to the training and performance of psychologists in this field. Material and methods: The research was exploratory in nature with qualitative analysis of the data. Two professionals with a background in Psychology participated in the research, who work or have worked in the CAPS (Psychosocial Care Centers) in the ABCDMRR region. Results and discussion: The participants pointed out weaknesses regarding the content and discussions about Public Mental Health Policies during their training in Psychology and reported difficulties regarding the performance models established in the substitute services (CAPS). Final considerations: It was found that much still needs to be advanced, both in research and in the knowledge produced and obtained in the training universities, as well as in the role models of psychologists who deal with the daily work in the CAPS.
Keywords: professional practice in psychology, psychosocial care center (CAPS), psychology training, public policy, mental health.