Resumo
FUNDAMENTOS: A sífilis, doença infectocontagiosa causada pelo Treponema pallidum, pode resultar em Sífilis Congênita (SC). A transmissão vertical ocorre via sistema sanguíneo, sendo prevenível com diagnóstico precoce no pré-natal. O enfermeiro desempenha papel vital, incentivando tratamento e notificação compulsória pelo SINAN, contribuindo para controle epidemiológico. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo analisar os dados de agravos de notificação de sífilis em gestantes e sífilis congênita conforme o SINAN e descrever a atuação da enfermagem no binômio materno-fetal. MÉTODOS: A metodologia consistiu em uma análise exploratória e descritiva de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) referentes aos casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita no Distrito Federal e em São Paulo, entre os anos de 2020 e 2021. RESULTADOS: A pandemia de COVID-19 afetou as notificações, prejudicando o acompanhamento. Houve redução nos casos de sífilis em gestantes, porém, um aumento nos casos de sífilis congênita foi observado, possivelmente devido à interrupção das notificações. Enfermeiros têm papel crucial no pré-natal, educando sobre sífilis, diagnóstico precoce e aderência ao tratamento. A qualidade do pré-natal e o tratamento adequado são essenciais para reduzir a transmissão vertical. Abordagem preventiva, inclusiva e de alta qualidade é necessária para combater a sífilis congênita. A Atenção Primária à Saúde deve assumir responsabilidade pelo cuidado abrangente das gestantes, visando à prevenção eficaz. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em conclusão, o estudo destaca a necessidade de notificação da sífilis, fortalecimento do pré-natal, capacitação profissional, acesso a diagnósticos e apoio emocional. O compromisso da enfermagem é vital para melhorar resultados de saúde materno-infantil e reduzir consequências adversas.
Palavras-chaves: Assistência pré-natal, sífilis congênita, sífilis gestacional.
Autores: Emilly Aparecida Rodrigues, Rafaela Oliveira Souza, Karina Brito da Costa Ogliari, João de Sousa Pinheiro Barbosa, Stephanea Marcelle Boaventura Soares, Angelita Giovana Caldeira, Cristina Bretas Goulart, Divinamar Pereira, Lorrane Rafaela de Souza Brasileiro, Walquiria Lene dos Santos
Citação: Rodrigues, E.A., Souza, R.O., Ogliaria, K.B., Barbosa, J.S.P., Soares, S.M.B., Caldeira, A.G., Goulart, C.B., Pereira, D., Brasileiro, L.R.S., & Santos, W.L. 2024. A notificação compulsória de sífilis em gestantes e a ocorrência de sífilis congênita: um estudo comparativo. Pubsaúde, 16, a502. DOI: https://dx.doi.org/10.31533/pubsaude16.a502
Editor: Pubsaúde.
Recebido: 10 nov. 2023;
Revisado e aceito: 25 jan. 2024;
Publicado: 25 jan. 2024
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Disponibilidade de dados: Todos os dados relevantes estão presentes no artigo.
Conflito de interesses: Os autores declaram não haver conflito de interesse.
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Abstract
BACKGROUND: Syphilis, an infectious disease caused by Treponema pallidum, can lead to Congenital Syphilis (CS). Vertical transmission occurs through the bloodstream and is preventable with early diagnosis during prenatal care. The nurse plays a vital role, encouraging treatment and compulsory notification through SINAN, contributing to epidemiological control. OBJECTIVE: This study aimed to analyze the data of diseases of notification of syphilis in pregnant women and congenital syphilis according to SINAN and describe the performance of nursing in the maternal-fetal binomial. METHODS: The methodology consisted of an exploratory and descriptive analysis of secondary data from the Notifiable Diseases Information System (SINAN) regarding cases of syphilis in pregnant women and congenital syphilis in the Federal District and São Paulo, between the years 2020 and 2021. RESULTS: The COVID-19 pandemic affected notifications, impairing proper monitoring. There was a reduction in cases of syphilis in pregnant women; however, an increase in cases of congenital syphilis was observed, possibly due to interruptions in reporting. Nurses play a crucial role in prenatal care, educating about syphilis, early diagnosis, and treatment adherence. Adequate prenatal care and proper treatment are essential to reduce vertical transmission. A preventive, inclusive, and high-quality approach is necessary to combat congenital syphilis. Primary Health Care should take responsibility for comprehensive care for pregnant women, aiming at effective prevention. FINAL CONSIDERATIONS: In conclusion, the study highlights the need for syphilis notification, strengthening prenatal care, professional training, access to diagnostics, and emotional support. The commitment of nursing is vital to improve maternal and infant health outcomes and reduce adverse consequences.
Keywords: Prenatal care, congenital syphilis, gestational syphilis.