Resumo
FUNDAMENTOS: O estresse é um fator intrínseco na rotina de enfermeiros e mostra-se ainda mais presente no ambiente tenso de uma unidade de terapia intensiva e pode impactar a saúde mental e a qualidade da assistência dos enfermeiros. Objetivo: Analisar o nível de estresse de um grupo de enfermeiros intensivistas e associar este às variáveis de estilo de vida. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com enfermeiros intensivistas por meio de um questionário contendo perguntas sobre estilo de vida e a aplicação da Escala Bianchi de “Stress. Os dados foram submetidos aos testes estatísticos Qui-quadrado de Pearson, Regressão Linear Múltipla e Regressão Linear Ordinal. RESULTADOS: Foi verificado uma diferença na média de estresse de 0,56 entre possuir ou não problemas hormonais, com resultado de Regressão Linear Múltipla e Regressão Linear Ordinal de 0,040 e 0,035 respectivamente, com nível de significância de p <0,05. Embora não demonstrem significância estatística, os hipertensos obtiveram uma diferença de 0,54 maior do que os não hipertensos na média do score da Escala Bianchi de “Stress” e na categoria sono, foi observada uma diferença tênue entre o estresse e a duração de sono de 0,62 entre os que dormem de noite e 0,22 para os que dormem de dia. CONCLUSÕES: Ao correlacionar as variáveis, notou-se àqueles que relataram ter problemas hormonais possuem relação com um nível maior de estresse. Apesar de não apresentar estatística significativa, outras variáveis demográficas apresentaram aumento sutil de estresse, como pouco tempo de sono ou possuir Hipertensão Arterial Crônica.
Palavras-chaves: Cuidados críticos, enfermagem de cuidados críticos, enfermeiras e enfermeiros, estresse ocupacional.