Resumo
Fundamentos: A traqueostomia pode ser realizada como ação preventiva, curativa, paliativa ou eletiva, sua indicação muitas vezes acontece devido a falha na extubação, apesar de seus benefícios quando ao conforto respiratório, também há malefícios a longo prazo, no que diz respeito as alterações que refletem diretamente nas funções de deglutição, respiração e fala. Objetivo: Está pesquisa objetivou analisar o processo de desmame difícil e decanulação tardia em pacientes traqueostomizados vítimas de traumas, buscando formas e analisando o que torna um desmame dificil e tardio e como melhorar tal processo. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo-análico, retrospectivo e quantitativo, com análise de 40 prontuários, do primeiro semestre de 2018, com pacientes maiores de 18 anos classificados como desmame dificil e decanulação tardia. Tal periodo foi escolhido devido a alta demanda de pacientes com desmame dificil. Para coleta de dados foi utilizado um instrumento contendo informações acerca do diagnóstico funcional e relacionadas ao desmame e decanulação. Resultados: Os pacientes traqeostomizados classificados como desmame tardio em sua maioria são homens, vitimas de acidente motociclistico ou agressões físicas que evoluiram com traumatismo crânio encefálico, e tiveram uma média de 10 a 11 dias de intubação orotraqueal o que foi de grande impacto para o periodo prolongado de traqueostomia. Conclusões: Concluiu-se que os pacientes que tiveram acompanhamento fonoaudiológico desde o periodo de ventilação mecânica invasiva com IOT preste a extubar tiveram menor tempo de desmame da traqueostomia, em comparação com os pacientes que só foram acompanhados após a realização da traqueostomia.
Palavras-chave: desmame, fonoaudiologia, traqueostomia.
Autores: Letícia Barreto Ramos Soares, Heloísa Maria Machado e Silva, José Wilson de Araújo Albuquerque Junior
Citação: Soares, L.B.R., Machado e Silva, H.M., & Albuquerque Junior, J.W.A. 2021. Desmame difícil e decanulação tardia de pacientes traqueostomizados vítimas de traumas num hospital de referência na Região Norte. Pubsaúde, 5, 125. DOI: https://dx.doi.org/10.31533/pubsaude5.a125
Editor: Pubsaúde.
Recebido: 6 jan. 2021;
Aceito: 18 jan. 2021;
Publicado: 5 abr. 2021
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Conflito de interesses: Os autores declaram não haver conflito de interesse.
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Abstract
Background: Tracheostomy can be performed as a preventive, curative, palliative or elective action, ist indication often happens due to failure in extubation, despite its benefits when it comes to respiratory comfort, there are also long-term harms, regarding changes that directly reflect on the swallowing and speech functions. Objective: This research aimed to analyze the process of difficult weaning and late decannulation in tracheostomized patients victims of trauma, looking for ways and analyzing what makes weaning difficult and late and how to improve this process. Methods: A descriptive-analogical, retrospective and quantitative study was conducted, with analysis of 40 medical records, from the first semester of 2018, with patients over 18 years of age classified as difficult weaning and late decannulation. For data collection, an instrument was used containing information about the functional diagnosis and related to weaning and decannulation. Results: Most of the patients undergoing tracheostomy classified as late weaning are men, victims of motorcycle accidents or physical aggressions that evolved with traumatic brain injury, and had an average of 10 to 11 days of orotracheal intubation, which was of great impact for the period prolonged tracheostomy. Conclusions: It was concluded that the patients who had had a speech therapy follow-up since the period of invasive mechanical ventilation with IOT about to extubate had shorter weaning time from the tracheostomy, compared with the patients who were only followed up after the tracheostomy.
Keywords: weaning, speech therapy, tracheostomy.
